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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

21/04/2012 18h35- Atualizado em 22/04/2012 10h43

Comandado pelo 'Rooney Capixaba', Conilon bate o Brancão e vai à final

Time de Jaguaré voltou a vencer o Capa-preta, dessa vez por 4 a 2 em pleno Salvador Costa, e agora vai decidir o Capixabão 2012 com o Aracruz

Por Bruno MarquesVitória, ES
 
 
 


Tem "café no bule" da final do Campeonato Capixaba de 2012. Na tarde deste sábado, o Conilon, da cidade de Jaguaré, no norte do estado, garantiu sua vaga na grande decisão ao bater o Rio Branco-ES em pleno Estádio Salvador Costa pelo placar de 4 a 2. O artilheiro da competição, Paulinho Pimentel, agora com 17 gols, marcou duas vezes e comandou o triunfo do Tricolor do Norte, que já jogava pelo empate, pois já havia vencido o jogo de ida por 2 a 1, mas não se intimidou fora de casa e apostando nos contra-ataques faturou sua classificação com todos os méritos.
Na grande final, o Conilon vai enfrentar o Aracruz, que eliminou o Vitória-ES na outra semifinal após dois empates em 1 a 1, o último deles na noite desta sexta-feira, no Estádio do Bambu. Por ter feito melhor campanha na primeira fase, o Aracruz tem a vantagem de se tornar campeão em caso de empate na soma dos resultados das duas partidas das finais.
A primeira partida da grande final do Capixabão 2012 acontece no próximo sábado, dia 28 de abril, a partir das 16h, no Estádio Justiniano de Mello e Silva, em Colatina. O segundo e decisivo confronto é uma semana depois, no dia 5 de maio, no mesmo estádio e também às 16h. Ambas as partidas terão transmissão ao vivo pela TV GAZETA.
O Aracruz, contudo, afirma que ainda tentará ampliar a capacidade do Estádio do Bambu, em Aracruz, para além dos 5 mil lugares, mínimo exigido pelo regulamento para as partidas finais. Atualmente, o local comporta 3.800 espectadores. A diretoria aracruzense aposta numa "obra-relâmpago" ao longo da próxima semana para poder jogar, de fato, em casa, o que parece absolutamente improvável, já que além da construção de mais de mil lugares seriam necessárias novas vistorias dos órgãos de segurança antes da liberação.
 
Conilon evita pressão inicial

Precisando vencer para chegar à final, o Rio Branco voltou a seu esquema de jogo habitual, com apenas dois zagueiros, ao contrário do jogo de ida, quando o time entrou em campo com três. Assim, o meia Walax retornou à equipe, no setor de armação, mas nem por isso o Capa-preta conseguiu dominar o Conilon na base do toque de bola. A outra novidade era o jovem Ramon, escalado como volante em lugar de Caio Camelo. Já o Conilon repetiu rigorosamente a sua fórmula. E funcionou. Não houve uma forte pressão do Alvinegro nem mesmo nos primeiros minutos. O jogo foi equilibrado durante toda a primeira etapa.
As jogadas mais incisivas do Rio Branco tinham sempre a presença do atacante João Paulo, mas não chegavam a ser lances tão claros de gol. A um minuto, o garoto de 18 anos recebeu cruzamento de Celin e finalizou, mas a bola explodiu na zaga. Aos sete, João Paulo cobrou escanteio pela esquerda direto para o gol. Walter saiu de soco junto à primeira trave, evitando o gol olímpico.
 
Campeonato Capixaba 2012: Rio Branco-ES x Conilon (Foto: Simon Dias/Rádio ES)
Rio Branco x Conilon (Foto: Simon Dias/Rádio ES)
 
 
Do outro lado, o Conilon também não assustava, mas tinha a tranquilidade de quem tem o relógio correndo a seu favor e conseguia equiparar a posse de bola facilmente. Seus arremates eram quase sempre de fora da área e fraquinhos. Foi assim, por exemplo, aos 16, numa falta cobrada pelo meia Eduardo no meio do gol, aos 18, quando o atacante Paulinho Pimentel protegeu da marcação de Guaçuí e atirou rasteirinho à direita da meta defendida por Reinaldo, e aos 19, vez de o lateral-esquerdo Elder arriscar, também para fora.
 
Árbitro ajuda espetáculo, mas se complica

Quem chamava a atenção também era o árbitro Gabriel Mendes Pereira, que adotou uma linha pouco comum num jogo decisivo: a de não marcar falta em qualquer contato. Era bom para quem queria ver futebol, mas naturalmente gerava o risco de a partida pender para o lado da violência. O risco de deixar passar injustamente alguma infração era constante e ele aconteceu aos 24 minutos, quando João Paulo driblou dos marcadores e foi empurrado na meia-lua. Era falta nítida para o Rio Branco, mas o jogo seguiu. Na sequência, o próprio João Paulo tabelou com Ronicley, mas recebeu em impedimento antes de tocar para o fundo da rede. Não valeu.
A torcida capa-preta começou a chiar a cada dividida, mesmo as que eram legais. Um pedido de pênalti aos 28 minutos em cima de Celin pareceu forçado, mas a grita geral dos alvinegros foi justa aos 39, quando Elder chutou a bola no rosto de Ronicley, que estava caído, mas levou apenas o cartão amarelo.
 
"Rooney Capixaba" chama o foco para si

Coube ao artilheiro do campeonato, Paulinho Pimentel, tirar o foco do árbitro. Aos 41 minutos, o "Rooney Capixaba" recebeu bom cruzamento de Elder e, próximo ao bico esquerdo da pequena área, emendou de pé direito um chute em grande estilo. A bola morreu no canto contrário, abrindo o placar para o Conilon: 1 a 0. Foi o décimo sexto gol dele na competição.
A partir daí, o time de Jaguaré só seria eliminado caso tomasse uma virada. E no restinho de tempo antes do intervalo não houve nenhum esboço de que isso pudesse ocorrer. Houve, sim, uma agitação geral dos torcedores alvinegros com a chegada do intervalo e a descida do trio de arbitragem para o vestiário, sob uma chuva de copos de plástico.
Na volta para o segundo tempo, o técnico do Rio Branco, Duílio, pôs o jovem atacante Pablo, de 18 anos, em lugar do apagadíssimo Walax. Assim, João Paulo recuou compondo uma linha de armação com Ronicley. O desenho tático era claro, com o Rio Branco tentando apertar e o Conilon apostando nos contra-ataques. Mas não chegava a ser um sufoco.
 
Time do Conilon (Foto: Simon Dias/Rádio ES)
Jogadores comemoram o primeiro gol do Conilon (Foto: Simon Dias/Rádio ES)
 
Rio Branco mal consegue assustar

As três chances razoáveis do time da casa antes da parada técnica foram aos dez, aos 11 e aos 17 minutos. Na primeira, Mendes cruzou e Celin testou por cima, na risca da pequena área. Na segunda, João Paulo aproveitou-se de uma saída de bola errada do Conilon e rolou para Ronicley, de frente para o gol, mas ainda fora da área, isolar para fora do estádio. Na terceira, João Paulo deu um "drible-da-vaca" em Márcio Bombom, cruzou e após a rebatida da zaga, emendou de primeira um chute que cruzou a pequena área e saiu.
Aos 20, Rhômulo, centroavante, entrou em lugar de Celin, centroavante. O banco de reservas também não dava esperanças ao Rio Branco. No Conilon, a troca era até mais ousada. Eduardo, meia, saiu com cãimbras, e Aridelson Bianchi lançou mão de Ricardo Paraíba, atacante. Edu deu uma recuada, mas na prática, eram três avantes prontinhos para encontrar um contragolpe mortal.
 
Alvinegro se abre e apanha no contra-ataque
O jogo foi perdendo energia, esfriando como queria o Conilon. A própria torcida capa-preta já ia desanimando, diminuindo sua cantoria. Era visível o nervosismo dos jogadores do Rio Branco em algumas jogadas, com uma série de escorregões, inclusive. Aí, quase que por um acaso o Rio Branco finalmente chegou ao gol. Foi aos 32, quando João Paulo cruzou da direita, o zagueiro Leandro matou na coxa e fuzilou no canto esquerdo: 1 a 1.
O fio de esperança apenas iludiria o torcedor capa-preta. Os espaços para os contra-ataques eram cada vez maiores. E em dois deles, o Conilon sacramentou sua vitória e sua classificação. Aos 39, Edu cruzou pelo lado esquerdo, Ricardo Paraíba chegou antes da marcação e deu um toquinho para desviar do goleiro Reinaldo: Conilon 2 a 1. O tiro de misericódia não seria outro senão dele, Paulinho Pimentel. O matador foi lançado, aos 41, na mesma linha da zaga, dominou, invadiu a área, driblou Reinaldo e cutucou para a rede: 3 a 1.
O jogo "acabou" aí, mas ainda houve tempo para mais dois gols. Aos 45, Marco Alagoano, que entrara na segunda etapa em lugar de Emílio, ampliou para o Conilon. Ele recebeu passe de Paulinho na esquerda, driblou o volante Ramon e completou para o gol, transformando a vitória em goleada: 4 a 1. O Rio Branco ainda diminuiu nos acréscimos, aos 46, após um escanteio vindo da direita. Ronicley pegou o rebote nas costas da defesa e chutou forte: 4 a 2. Um gol que a torcida alvinegra nem comemorou. O sonho da vaga na final e do título já tinha acabado. Festa mesmo só em Jaguaré, uma cidade que pode ter fama de pacata, mas não na noite deste sábado.
 
RIO BRANCO-ES 2 X 4 CONILON
Campeonato Capixaba 2012 (Semifinal - Jogo de Volta)
Data: 21 de março (sábado)
Horário: 16h
Local: Salvador Costa (Vitória)
Árbitro: Gabriel Mendes Pereira (FES)
Gols: Paulinho Pimentel (CON), aos 41 minutos do 1º tempo. Leandro (RIB), aos 32, Ricardo Paraíba (CON), aos 39, Paulinho Pimentel (CON), aos 41, Marco Alagoano (CON), aos 45, e Ronicley (RIB), aos 46 minutos do 2º tempo.
 
Rio Branco-ES: Reinaldo; Ênio, Marcelo, Leandro Souza e Mendes; Guaçuí, Ramon, Walax (Pablo) e Ronicley; João Paulo e Celin (Rhômulo).
Técnico: Duílio Dias.
 
Conilon: Walter; Léo, Fernando, Márcio Bombom e Elder; Bruno Mineiro, Tililiu, Emílio (Marco Alagoano) e Eduardo (Ricardo Paraíba); Edu e Paulinho Pimentel.
Técnico: Aridelson Bianchi.

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